segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Metáfora (2) - O menino e o anzol


O Menino e o Anzol

Um menininho estava em sua casa brincando, ele é um menino muito sapeca, empurra seu carrinho para lá, empurra seu carrinho para cá em um vai e vem infinito!

Como ele se diverte! Tudo é motivo para novas descobertas.

Eis que toca o telefone, ele corre tão rápido, tão rápido que nem sua Mamãe nem sua irmãzinha conseguem alcançar a metade do caminho que levava ao telefone. Ele então atende:
- Alô

Era sua Vovó, que logo identificando sua voz, começa a brincar com ele, pergunta muitas coisas, era uma conversa bem divertida!

Em um dado momento da conversa a Vovó lhe diz:
- Amanhã é o dia do Papai, estarei aí para te ver e vamos brincar muito!
Então ele pergunta:
- Vovó, você tem Papai?

A Vovó responde:
- Meu Papai, netinho, está bem longe, ele está morando com Papai do céu.

A conversa prossegue, ele fala sobre seu carrinho preferido, como ele era bonito, amarelo, grande e que ele adorava andar nele, era uma conversa muito animada!

Em um dado instante, o menininho diz para sua Vovó:
- Vovó, Vovó, tive uma idéia! Você traz amanhã um anzol bem grandeeeeeeeee, daí você me levanta bem alto, bem alto, bem alto até eu alcançar o céu. Aí eu jogo meu anzol e pesco seu Papai! Não é uma boa idéia Vovó?

A Vovó naquele instante mágico percebeu que possui todos os recursos necessários para ter seu Pai próximo a ela e que todas as vezes que ela queira, deseje, pode jogar seu anzol mágico e ter tudo aquilo que lhe faça mais feliz.

Poema (1) - A Dor que Dói



Porque a dor é profunda ...

A dor persiste, insiste como se coubesse toda ela dentro de mim

Mas qual será seu propósito? Doer?

A dor que dói na alma não é a mesma que dói na carne ...

Uma invade outra explode ...

Mas qual será seu propósito? Doer?

Verbo transitivo direto ou indireto?

O que queres? Sofrer a dor, causar dor, magoar ... Qual destes três significados preferes?

Qual mais te apetece?

Mas qual será seu propósito? Doer?

Metáfora (1) - A Guerreira e a Missão

Aproveitarei este espaço para publicar algumas metáforas criadas com o intuito de ajudar pessoas. Bom Proveito!



A Guerreira e a Missão


A muito tempo atrás existia um povoado em uma bela região, com uma floresta imponente, uma vegetação vasta, colorida, rica e rios sublimes, onde vivia Maureen, uma guerreira, mãe, mulher, filha e aprendiz da arte da vida e da luta.

Era uma época de muita seca, a terra estava árida e nada que se plantava sobrevivia. O estoque de comida para a alimentação da tribo estava por acabar, a situação era crítica.
Certo dia, o Pajé da tribo a chamou e lhe disse:

- Guerreira Maurren, vá até o rio e pesque a maior quantidade de peixes que és capaz de trazer para alimentar toda a nossa tribo.

Ao ouvi as palavras do grande Pajé, Maurren congelou. Nunca o Pajé havia escolhido uma mulher para tão difícil missão. O caminho era árduo, cheio de perigos, montanhas para superar, animais selvagens ... Levaria dias até chegar ao Rio.

Maurren retrucou:
- Não sei se conseguirei.. Existem tantos Guerreiros na nossa tribo capazes de realizar esta tarefa tão importante, por que escolhestes a mim?

O Pajé olhou em seus olhos e lhe disse:
- Você é capaz, possui tudo que necessita, basta que se perceba mais, que olhe com os olhos do seu coração para dentro de ti.

Maurren sentiu o peso da responsabilidade, ela seria responsável pela alimentação de toda a tribo, se não conseguisse as conseqüências seria danosas.

Pensou em desistir várias vezes mas partiu para sua missão, insegura, com a sensação de que não iria consegui, que algo ia dar errado. No fundo ela se achava incapaz.

Durante sua longa jornada, Maurren foi criando estratégias para superar os obstáculos que de fato ela havia encontrado, descobriu que com a camuflagem que fizera em seu corpo, ela "cegou" os animais selvagens, a água e a comida tão necessárias em sua jornada, Maurren retirou da própria floresta, antes assustadora e agora companheira e cúmplice.

Descobriu também trilhas pelas montanhas nunca antes exploradas que a fizeram encurtar em dias a sua caminhada. Maurren começou a ver todos os potenciais existentes nela, antes não percebidos.

Faltava a parte crítica, Maurren nunca havia pescado um único peixe em toda a sua vida ...
Ao chegar ao Rio, tão grata surpresas, os peixes se multiplicaram, pulavam e se batiam tão grande era sua quantidade, o Rio parecia um Rio de peixes!

Maurren pescou uma quantidade de peixes imensa, capaz de alimentar toda a sua tribo por muitos meses. Retornou a tribo e foi saudada por todos, Maurren sentiu uma profunda alegria de ter superado seus limites, seus medos, suas inseguranças, sabia agora que era capaz de ir muito mais além!

Esta descoberta tornou Maurren mais confiante e feliz, descobrirá que é uma Guerreira, Mãe, Mulher, Filha e Aprendiz da arte da vida e da luta.