A escrita remonta os tempos das cavernas, onde os homens primitivos a utilizavam para retratar suas emoções, sentimentos, fatos e cotidiano. Não mudou muito este objetivo.
Através da escrita falamos sobre nós, em primeiro plano, mesmo que utilizemos a terceira pessoa do singular ou plural. Freud, grande estudioso da psique humana já escrevia: " Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo". Que verdade Freudiana interessante !
Procuramos, eu e vocês, extravasar dos nossos porões do inconsciente toda as nossas idiossincrasias, dogmas e traumas. Estes itens representam a nossa composição do Ser, de forma reduzida claro, tanto na fala, quanto na escrita, descrevemos um pouco sobre nós.
Freud ainda traz a frase, "O homem é dono do que cala e escravo do que fala. Um dilema interessante, uma dicotomia existencial, uma questão primordial: Falo ou me calo? Escuto ativamente ou deixo de percebo o que o outro fala? Outro viés da comunicação humana.
Qualquer que seja nossa escolha, há aspectos que nos são convenientes e inconvenientes e traz consigo as consequências de nossa escolha. Não me importa o que foi escolhido, naquele instante, naquele contexto vivenciado e percebido, ele é único, pessoal e intransferível. O que é relevante é o nosso posicionamento.
Ninguém sente igual, pois somos distintos e portanto julgamentos de moral não cabem. Julgamentos deste tipo soa aos meus ouvidos como demagogia e/ou hipocrisia barata e sem aspectos relevantes da moral , quando se trata do crescimento como Ser humano.
Falo porque existo! Falo porque gosto de me posicionar, já me calei em muitos momentos e não acho que seja uma boa escolha. Em alguns momentos, mesmo que desejamos nos calar, a fala do tipo. Vou pensar sobre o que você me disse e depois conversarmos a respeito, cabe muito!
Escuto, pois a escuta ativa me faz perceber que EU sou para o outro e quem é esse outro que se mostra para mim. Assim posso me relacionar melhor, comigo e com o outro.
Enfim, escrever, escutar, falar e calar, bases da comunicação humana, tão necessária em um mundo cada vez mais egocêntrico, narcisista e egoísta.
E você, como anda tratando estas bases da comunicação? Percebe-se no seu dia a dia comunicando de que forma?
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